quarta-feira, 28 de setembro de 2011

TEORIAS DEMOGRÁFICAS


-          A Teoria Malthusiana

Exposta em 1798, foi a primeira teoria demográfica de grande impacto e até hoje a mais popular de todas, apesar das falhas que apresenta.
Preocupado com os problemas sócio-econ6omicos (desemprego, fome, êxodo rural, rápido aumento populacional) decorrentes da Revolução Industrial e que afetavam seriamente a Inglaterra, Malthus expôs sua famosa teoria a respeito do crescimento demográfico.
Para ele, a principal causa dos problemas que afetavam seu país era o grande crescimento populacional, especialmente dos mais pobres. A solução estaria no controle da natalidade, sendo que o referido controle deveria basear-se na sujeição moral do homem (casamento tardios, abstinência sexual etc.). Sua teoria é portanto nitidamente antinatalista e conservadora.

A Teoria Malthusiana baseou-se em dois princípios:

1°) Caso não seja detida por obstáculos (guerras, epidemias etc.), a população tende a crescer segundo uma progressão geométrica, duplicando a cada 25 anos.

2°) Os meios de subsistência, na melhor das hipóteses, só podem aumentar segundo uma progressão aritmética.

Para Malthus, a fome e a miséria eram resultantes do elevado crescimento populacional. A solução, portanto estava no controle da natalidade.

-          Os Neomalthusianos

O quadro sócio-econômico mundial do período pós-Segunda Guerra Mundial, marcado por taxas de crescimento demográfico muito elevadas no Terceiro Mundo, ao lado da situação de fome e miséria, ressuscitaram as idéias de Malthus.
Os neomalthusianos ou alarmistas, temerosos diante desse quadro assustador do Terceiro Mundo, passam a responsabilizar os países subdesenvolvidos e o elevado crescimento demográfico como os culpados pelo referido quadro de horror.
Para os neomalthusianos a solução estava na implantação de políticas oficiais de controle de natalidade mediante o emprego de pílulas anticoncepcionais, abortos, amarramento das trompas, vasectomia etc.

Apesar de vários países terem adotado essas medidas, a situação de fome e miséria continua existindo.

-          Os reformistas ou marxistas

Ao contrário de Malthus e dos neomalthusianos, que atribuem ao grande crescimento populacional do Terceiro Mundo a culpa pelo estado de pobreza e fome, os reformistas admitem que a situação de pobreza e subdesenvolvimento a que foi submetido o Terceiro Mundo é a responsável pelo excessivo crescimento demográfico e conseqüente estado de miséria.

Diante disso, os reformistas defendem a adoção de profundas reformas sociais e econômicas para superar os graves problemas do Terceiro Mundo. A redução do crescimento viria como conseqüência de tais reformas. Eles citam o exemplo dos próprios países desenvolvidos, cuja redução do crescimento só foi possível após a adoção de reformas sócios-econômicas e conseqüente melhoria do padrão de vida das suas populações.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CRESCIMENTO POPULACIONAL

As preocupações com o crescimento demográfico tiveram início há cerca de dois séculos (Teoria Malthusiana, 1798), mas foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a humanidade tomou consciência da gravidade da questão populacional.
De fato, no período posterior à Segunda Guerra Mundial, o crescimento da população mundial e particularmente dos países pobres ou subdesenvolvidos adquiriu proporções verdadeiramente gigantescas. O processo de descolonização pós-Segunda Guerra contribuiu bastante para que a realidade da miséria e do acelerado crescimento populacional do Terceiro Mundo viesse a tona.
Apenas no período de 1950-1970, a população mundial passou de 2,5 bilhões de habitantes para 3,6 bilhões, um acréscimo de 1,1 bilhão de pessoas em apenas 20 anos, sendo que, desse total, 83% (912 milhões) coube ao Terceiro Mundo.
No mesmo período, a população brasileira passou de 52 milhões para 93 milhões de habitantes, um acréscimo de 41 milhões de pessoas (o equivalente à população atual da Espanha).
Essa situação tem trazido preocupações e conseqüências bastante sérias, pois o crescimento demográfico continua elevado no Terceiro Mundo.
Estudos realizados por especialistas mostram que o crescimento da população mundial só vai cessar por volta do ano 2050, quando então a humanidade terá completado o que os especialistas chamam de “transição demográfica”, ciclo durante o qual a população passa por três fases fundamentais:
1ª) A população apresenta elevadas taxas de natalidade e mortalidade, resultando em baixo crescimento demográfico. É a fase do crescimento lento e que caracterizou a maior parte da humanidade até por volta do século XVIII. Somente alguns poucos povos ou comunidades muito atrasados ainda se encontram nessa fase atualmente.
2ª) Elevadas taxas de natalidade e baixas taxas de mortalidade, resultando em elevado crescimento demográfico. É a fase do crescimento rápido ou acelerado. Nessa fases encontra-se a maioria dos países subdesenvolvidos (período pós-Segunda Guerra) e por ela passaram os países desenvolvidos durante o século XIX.
3ª) Baixas taxas de natalidade e de mortalidade, resultando em baixo crescimento demográfico. É a fase que os países desenvolvidos estão atravessando. Esses países estão completando sua transição demográfica.
A situação atual pode ser assim simplificada: as taxas de crescimento demográfico dos países desenvolvidos são normalmente inferiores a 1% ao ano, sendo que em alguns países o crescimento encontra-se estagnado (Áustria, Luxemburgo, por exemplo) e até mesmo negativo (Hungria e Alemanha, por exemplo).
Quanto aos países subdesenvolvidos, as taxas vão desde aproximadamente 1% (china, Cuba), ou Menos (Uruguai), até por volta de 3,5 a 4% (Nigéria, Quênia etc.). O Brasil ocupa posição intermediária (2% ao ano).

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS FUNDAMENTAIS

A demografia sempre foi alvo de estudos e preocupações por parte de diferentes especialistas e interessados no assunto. Em virtude do seu caráter dinâmico, à medida que a população vai sofrendo transformações quantitativas e qualitativas, os problemas e as contradições sócio-econômicas vão se tornando cada vez mais agudos e evidentes.
Na tentativa de equacionar tais problemas e contradições, os detentores do poder lançam mão de estudos e proposições que nem sempre atingem seus objetivos. De qualquer forma, os estudos e análises fornecem instrumental teórico aos dirigentes para que sejam tomadas medidas de ordem prática. Só que a natureza dessas medidas varia em função dos diversos interesses (políticos, econômicos etc.).
Para facilitar a compreensão dos vários aspectos demográficos, vejamos alguns conceitos fundamentais a esse respeito.
População absoluta. É o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.)
Densidade demográfica. É o número (média) de habitantes por Km². Para obtê-la basta dividir a população absoluta pela área da região analisada (país, cidade etc.).
Densidade e superpovoamento. Uma área densamente povoada não é necessariamente superpovoada; isso porque o conceito de superpovoamento não diz respeito apenas ao número de habitantes por Km², mas também se refere ao nível de desenvolvimento sócio-econômico e tecnológico da população em relação a área ocupada. Nesse caso, ocorre superpovoamento quando há descompasso do ponto de vista das condições sócio-econômicas da população em relação a área ocupada. A Holanda por exemplo, é um país densamente povoado (434 hab/Km²), mas não é superpovoado (a população desfruta de alto padrão de vida em espaço muito pequeno), ao passo que países como a Índia (247 hab/Km²) são superpovoados.
Recenseamento ou censo demográfico.  É o levantamento ou a coleta periódica dos dados estatísticos (como nascimentos, óbitos, população absoluta, casamentos, migrações) da população de um país, cidade etc. Sua importância é fundamental para melhor conhecimento dos vários aspectos demográficos, bem como para fins de investimentos, planejamentos, projeções futuras e outras finalidades. No Brasil são realizadas de 10 em 10 anos.
Taxa de natalidade. É a relação entre o número de nascimentos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes. Uma taxa de natalidade de 30‰ (por mil) significa que nasceram trinta crianças (vivas) para cada grupo de 1.000 habitantes em 1 ano.
Taxa de mortalidade. É a relação entre o número de óbitos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes (mortalidade geral). Além desse tipo de mortalidade, há também a mortalidade infantil, que é o número de crianças mortas antes de completar 1 ano de vida para cada grupo de 1.000 crianças com menos de 1 ano de idade. Essa taxa é um importante indicador do nível de desenvolvimento sócio-econômico dos diversos países do mundo.
Crescimento vegetativo ou natural.  É a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Não inclui os estrangeiros residentes no país.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

BLOCOS ECONÔMICOS

Organizações Européias

                Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo mudou sua face: houve transformação radical na economia e nas relações de poder; o bloco capitalista consolidou- se com a hegemonia dos EUA, pois a Europa estava totalmente arrasada pela guerra; e, no leste europeu, surgiu o bloco socialista, sob a liderança da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas(URSS). Foi então que alguns países europeus começaram a estabelecer acordos econômicos multilaterais.

Benelux

                O primeiro, composto por Bélgica, Países Baixos (Holanda) e Luxemburgo, instituida cml 944, pretendia ampliar as relações comerciais entre esses países por meio de reduções das tarifas alfandegárias.

Comecon ou Caem (Conselho para Assistência Econômica Mútua)

                Foi formado em 1949, comandado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e tinha como membros europeus a Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia e Tchecoslováquia. Essa organização foi extinta em 1990 como fim do socialismo naURSS.

CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço)

                Em 1952, os países que formavam o Benelux se uniram à Alemanha Ocidental, França e Itália, e formaram uma nova comunidade: a CECA. Mais tarde a Dinamarca e o Reino Unido se incorporaram à CECA. Essa comunidade tinha como objetivo a criação de um mercado comum para o carvão mineral, minério de ferro, coque, ferro-gusa e aço.

AELC (Associação Europêia de Livre Comércio)

Em 1959, quando foi formada, seus componentes
eram: Islândia, Finlândia, Suécia, Noruega, Austria,
Suiça e Liechtenstein.

Mercado Comum Europeu

                Em 1957. os seis membros iniciais da CECA fundaram, por meio do tratado de Roma, o Mercado Comum Europeu (MCE) ou Comunidade Econômica Européia (CEE); deu-se aio inicio do megabloco econômico que é o mercado comum da Europa.
                Em dezembro de 1991, a cidade de Maastricht, na Holanda, foi palco do tratado que leva seu nome. Esse tratado determinou a criação de um Banco Central único e de uma moeda única, que circularia primeiramente em transações bancárias e com previsão de, a partir de 2002, substituir as moedas nacionais entre os países membros. Nesse tratado passaria a existir a plena e livre circulação de capitais, cidadãos, bens e serviços. Essas medidas transf armaram radicalmente o MCE (Mercado Comum Europeu). o que modificaria até o seu nome para LIE (em inglês, União européia).
                O passo definitivo para a consolidação datiEfol dado em 1992, com o Tratado do Porto, que criou o Espaço Econômico Europeu (EEE), organização que fundiria os interesses da União Européia aos da Associação Européia de Livre Comércio (AELC), completando atransição.
formado e concretizado, depois de quase cinqüenta anos, o bloco econômico mais bem estruturado do planeta, ancorado em tratados diplomáticos e comum PIB de 5,45 trilhões: a União Européia, formada por 15 paises – Alemanha, Austria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia. Bruxelas, na Bélgica, é o centro político da UE, que tem na Alemanha Unificada seu dínamo econômico. Estados membros: 15 – Área: 3.233.722 km2 — População: 367 milhões.

Organização da América do Norte

                O NAFTA (Acordo de Uvre Comércio da América do
Norte) foi a resposta norte-americana à SE (União Européia). Constituído portrêS países: Estados Unidos daAmérica, Canadá e México, esse megabloco econômico tem mercado consumidor de 370 milhões de pessoas, e concentra o maior PIB dos blocos mundiais: U$ 6,5 trilhões. O NAFTA prevê acordos de zonas de livre comércio e não a livre circulação de pessoas e moeda, como a UE (União Européia).

Bloco do Pacífico

                O conjunto de países da Bacia do Pacífico, ao contrário dos outros dois, não está baseado em acordos diplomáticos formais. Constitui esse agrupamento uma zona de forte integração econômica polarizada pela maior potência, o Japão, e caracterizada pelo intenso crescimento dos Novos Países Industrializa- dos (NICs) ou Tigres Asiáticos”. Participam desse agrupamento econômico Japão, Austrália, Coréla do Sul, Malásia, Cingapura, Taiwan, Indonésia, Nova Zelândia e Hong Kong. O PIB dos países da Bacia do Pacifico é deU$ 4,84 trilhões.
               
Organizações Latino-Americanas

                Em 1969, foi criado o Pacto Andino, uma das mais importantes organizações latino-americanas.
                Os países que compõem o Pacto Andino são: Bolívia, Colômbia e o Chile, que se retirou em 1977. Em 1992, a união aduaneira começou a funcionar e no ano seguinte o comércio entre seus membros aumentaria mais de 50%, além de aumentaro PNB (Produto Nacional Bruto).
                Em 1960, foi criada a ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio).
                O Tratado de Montevidéu (capital do Uruguai), em
1980, mudou seu nome para ALADl (Associação Latino-Americana de Integração), que tem como obletivo criar um mercado comum entre seus membros. São países participantes da ALADI: México, Colômbia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Venezuela e Equador.
                Na América Central Continental encontra-se o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano), criado em 1960, pelo Tratado de Manágua. Seu maior sucesso foi a realização de diversos acordos de cooperação agricola-industnai e a criação de um modelo de integração: foi abolido o controle de passaporte de seus cidadãos, houve integração de suas bolsas de vaiores o a rede elétrica dos cinco países foi interligada. Fazem parte do MCCA: Nicarágua, Honduras, Guatemala, Costa Rica e Belize.
                Outro importante bloco é o CARICOM (Carrbbean Community and Common Markel — Comunidade e Mercado Comum Caribenho), criado em 1968 com o nome de CARIFTA (Caribbean Free Trade Association — Associação Caribenha de Livre Comércio) para organizar as relações comerciais entre a Jamaica, Barbados, São Cristóvão, Nevis, Santa Lúcia, Bahamas, São Vicente, Montserrat, Antigua e Barbuda,Trinidad e Tobago e Guiana. Em 1973. transformou-se no CARICOM, incorporando mais aiguns países do Caribe: Belize, Dominica e Granada, tendo como objetivo maior a solução dos graves problemas sociais da região.
                Em 1994, seus 13 membros, juntamente com Cuba, México, Venezuela e diversas ilhas não independentes do Caribe, criaram a AEC (Associação dos Estados do Caribe).
A Organizaçêo do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949, tem caráter militar. Além de países europeus, inclui outros dois banhados pelo Atlântico Norte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo fundamental é a cooperação militar e a defesa de seus membros, no caso de agressão internacional. AOECD (Organization for Economic Cooperation and Development ou Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento) foi estabelecida em 1961 para promover bem-estar econômico e social entre seus membros e harmonizar a qualidade de vida nos paises em desenvolvimento. Além de 18 países europeus, engloba também Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Outras Organizações

Mercosul
                Para o Brasil, a principal organização latino-americana é o Mercosul (Mercado Comum do Sul), do qual fazem parte também a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Criado pelo Tratado de Assunção em 23 de março de 1991, previu o fim das barreiras alfandegárias entre seus membros após 1 de janeiro de 1995. O comércio Brasil — Argentina foi o que ganhou maior força após a assinatura desse tratado. Em 1990,0 Brasil tinha um déficit de 760 milhões de dolares com esse pais; em 1993, esse saldo transformou-se em superávit de 1,1 bilhão de dólares. A tendência do Mercosul é ampliar seu número de parceiros. Em junho de 1994,0 Chile formalizou pedido de associar-se á organização, inicialmente como parceiro preferencial. Representando cerca de 30% do mercado regional do Mercosul, o Chile revela-se um parceiro de grande importância. Em 1996,0 Chile tornou-se membro associado do Mercosul, o mesmo fazendo a Bolívia em 1997. Isso marcou a associação do Mercosul com o Pacto Andino, um bloco econômico formado pelos países andinos.

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Conflito Norte-Sul ou Ricos e Pobres ou Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

                O sistema econômico capitalista provocou um grande fosso entre as áreas dos países desenvolvidos ou do norte e os chamados subdesenvolvidos ou periféricos ao sul. Essa divisão geográfica entre norte e sul corresponde ao norte desenvolvido da América e Europa, e o sul subdesenvolvido da América Latina e continente africano.
                A oposição entre esse norte industrializado e o sul dependente é predominantemente econômica, na qual o padrão de poder ou status é medido pela capacidade tecnológica de produção e de competição no mercado internacional. O norte industrializado é chamado de Primeiro Mundo, que são países de economia capitalista, um seleto grupo que corresponde a 15% da população mundial, que são: EUA, Japão, Canadá. Israel, Austrália, Nova Zelândia. e países da Europa ocidental. Dessa lista, os mais industrializados ou superindustrializados são: EUA, Japão e Alemanha.
                As caracteristicas desses países são infra-estrutura, base industrial de grande capacidade de competição internacional, posição de vanguarda na pesquisatecnocientífica, informática, farmacêutica, química fina, telecomunicações etc. São países que exportam produtos manufaturados, e importam produtos primários de países periféricos, ou em desenvolvimenloa preços sempre mais baratos.
                As sociedades desses países já resolveram os problemas básicos, como educação, transportes, moradia etc., o que não ocorre em países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Os sete mais industrializados compõem o chamado G7 – que são os países mais ricos do mundo: EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Canadá. A Rússia é convidada sempre quando há reuniões do G7, mas não pertence oficialmente ao grupo, mesmo sendo uma grande potência industrial e bélica.
                O sul subdesenvolvido, ou periferia das grandes potências, tem a oferecer matérias-primas e mão-de- obra barata.
                Os países periféricos têm em seu sistema econômico o mais perverso fator de exclusão social: o sistema capitalista ou pré-capitalista faz com que ocorra exploração dos trabalhadores por parte da burguesia. Isso se reflete nas condições socloeconômicas de mais de 80% dessas sociedades; essa imensa porcentagem de excluídos forma bolsôes de pobreza, em que o tráfico de drogas, a prostituição, o abandono, as doenças, e a criminalidade são uma constante. Os graves problemas sociais desses países estão se aprofundando cada vez mais, e criando um circulo vicioso, no qual parece não ter fim a angústia da classe operária.
                O sistema econômico capitalista provoca várias contradições em países subdesenvolvidos, ou periféricos, como, por exemplo, o Brasil, que é a oitava economia capitalista do mundo, mas tem em seu seio, em sua sociedade, problemas sociais de economias muito mais atrasadas, o que se nota, então, é que não basta só ser um grande país economicamente avançado, mas sim ter uma sociedade mais equilibrada socialmente, e mais justa nas oportunidades de educação, saúde, transporte etc.
                A periferia privilegiada nesse contexto é formada pelos países mais industrializados e que possuem razoável mercado interno. Os principais países desse grupo são: Brasil, Argentina, México, China e os “Tigres Asiáticos”.
                A periferia intermediária corresponde aos países de produção industrial e rendimento médio, como Africa do Sul, Egito, Turquia, Venezuela, Colômbia etc.
                Os países mais pobres e menos industrializados da Aírica, América Centrai e da Asia compôem a periferia periférica. Encontra-se nesses países a mais elevada taxa de crescimento demográfico do mundo, além de imensos contingentes humanos sem perspectivas de alimentação, trabalho, educação, moradia e saúde. Exemplos de alguns países considerados de economia pré-capitalista, mas com esses tipos de problemas: Botswana, El Salvador, Uganda etc.

                “Assim caminha a humanidade...

                A passagem para os anos 80 foi marcada pelo fim da détente(distensão)eavolta da política de confrontação entre os EUA e a União Soviética, pela queda das ditaduras na Europa e na América Latina, pela revolução sandinista na Nicarágua e a revolução islâmica no Irá; assim como pela eclosão de guerras regionais no sul da Africa, no Oriente Médio e no Extremo Oriente.
                Por sua vez, a passagem para os anos 90 foi marcada pela queda do Muro de Berlim, ofim da União Soviética e a renovação da hegemonia dos Estados Unidos da América.
                ‘Ninguém põe em dúvida que os Estados Unidos são a primeira potência do globo. Basta o efeito do peso específico dos seus recursos tecnológicos, econômicos, militares e alimentares para assegurar- lhes um predomínio indiscutível. Não que eles possam impor sua vontade ã discrição; a era da sua onipotência já passou, se é que tenha alguma vez existido. A sua parceira, de apaziguamento, a URSS, não os iguala senão no terreno do “equilíbrio do terror’. Nos outros domínios, posta de parte a extração de petróleo, ela fica num morno segundo lugar. Todavia é um fato: quer nos inclinemos perante a superioridade da América, quer a desafiemos, eia já não apaixona ninguém...”
CLÉMENT, Alain. “A América de trás da cortina.” In:
FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976, v. III, p. 362.

                Esse texto de AJam Cíément constata ao mesmo tempo a extensão do poderio norte-americano e a crise de sua influência mundial durante a década de 1970. Nessa época, após o fracasso da intervenção militar no Vietnã, encontrava-se ainda em vigora dótente (distensão), que, no inicio dos anos 80, cederia lugar a uma política armamentista e de confrontação com a União Soviética, conhecida como “Segunda Guerra Fria”. O final da década de 80. contudo, foi marcado pela ascensão em escala mundial do pluralismo e da democracia. Um a um, foram caindo regimes autoritários de direita e de esquerda. Esse processo de abertura ocorreu inicialmente em Portugal, na Espanha e na Grécia. Do início dos anos 70 até a segunda metade da década seguinte foram se desfazendo os regimes autoritários da América Latina e, logo depois, as “democracias populares” do Leste Europeu vieram abaixo com a queda do Muro de Berlim.
                A nova ordem internacional foi deflagrada pela disparidade tecnológica e econômica entre o mundo capitalista e o mundo socialista, os dois pólos de poder da Ordem Internacional da Guerra Fria. Os pesados nvestimentos na comda armamentista e aeroespacial favoreceram os países capitalistas e se constituíram num peso para os regimes socialistas, gerando tensões e dificuldades econômico-políticas.
                A crise do socialismo, que atingiu a Europa do leste desde o início dos anos 80, foi conseqüência desses fenômenos e acabou por conduzir o planeta a novas formas de organizações das relações internacionais, alterando profundamente a ordem vigente desde a Segunda Guerra Mundial. A queda do Muro de Berlim no final dos anos 80 é o marco inicial da nova ordem mundial. O Muro de Berlim simbolizava divisão de dois mundos, de dois sistemas econômicos: o capitalista ocidental e o sistema econômico socialista do leste europeu. Representava também o símbolo da Guerra Fria: a bipolaridade ideológica entre EUAe URSS.
                Os constantes fluxos econômicos enlre as empresas transnacionais fazem com que esse sistema econômico capitalista promova a mais fantásticaforma de espoliação: a globalização. Com a queda do socialismo no leste europeu, a hegemonia dos EUA e o surgimento de novas nações, produto de desdobramento e guerras, desenhou-se, dessa forma, um novo mapa-múndi.
                Outra grande questão dessa nova era que se inicia é o controle do capital e dos fluxos de investimentos. Dessa maneira, ampliam-se as diferenças entre o Norte rico e o Sul pobre. Substituiu-se o conflito ideológico Leste-Oeste pelo conflito econômico Norte-Sul.
                A economia é a base de toda transformação da Nova Ordem Internacional e veio acompanhada pelo fortalecimento de novas potências como Japão e Alemanha e megablocos econômicos como o Nafta e Bacia do Pacífico.
                As próximas guerras entre essas grandes potências serão tecnológicas, comerciais. A Nova Ordem Internacional começa com os EUA sendo uma superpotência unimultipotar.

domingo, 29 de maio de 2011

GLOBALIZAÇÃO

Globalização é o ápice da internacionalização do capital. E o outro nome dado ao sistema capitalista internacional, ou ao imperialismo do capital transnacional, em que os Estados Nacionais têm menos poder, e as multinacionais, ou transnacionais, dispõem de grandes volumes de capitais, movimentados diariamente em bolsas de valores de todo o mundo, em que esse capital volátil não fica além de dias ou poucos dias à procura de altos juros e de novos investimentos.
                A globalização também tem sua faceta na cultura, em que todos estão ligados via computadores, via lnternet, lntranet, TV a cabo, recebendo informação em tempo real, realizando assim a massificação da informação, dos gostos, da roupa etc. O mundo cada vez mais está se tornando menor e mais semelhante, nos costumes e desejos. Quem detém o monopólio do capital são os países desenvolvidos, principalmente os EUA, Japão, Alemanha etc., que oprimem os países em desenvolvimento. Esses países detêm a mais alta tecnologia, em vários segmentos, desde o setor automobilístico até os de microcomputadores, colocando em xeque até as tradições seculares desses países em fase de desenvolvimento. Portanto, a globalização só é benéfica a quem detém o capital, conquistando com isso mais capital, fazendo um círculo vicioso, no qual os paises em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres, ou mesmo miseráveis, e os paises desenvolvidos cada vez mais ricos. Deveria haver uma cooperação internacional entre os países, uns ajudando os outros, para com isso minorar o fosso que existe entre os mais ricos e os mais pobres do planeta.